Após levar chacoalhões de diversos aliados de primeira hora, o presidente da Câmara, Hugo Motta, prometeu a interlocutores uma nova postura à frente da Mesa Diretora.
Mais enérgico e mais presente nas sessões, o paraibano quer acelerar o ritmo do mandato e fazer mais entregas – um dos objetivos é aprovar pelo menos dois projetos por sessão. Tudo isso para deixar para trás a fama de improdutivo que o persegue desde o início da gestão.
A reviravolta no comportamento foi motivada por dezenas de puxões de orelhas de pessoas próximas, como o ex-presidente da Câmara Arthur Lira e até mesmo o líder do PP, na Casa, Doutor Luizinho, que é considerado um de seus fiéis escudeiros.
Nos últimos dias, ele já deu pistas de como atuará, permanecendo no plenário por mais tempo durante as sessões e garantindo que mais de um projeto avançasse.
Nos bastidores, aliados também esperam que ele deixe de esperar o governo para se mexer. Lideranças do Centrão vinham demonstrando incômodo em relação a uma suposta complacência excessiva de Motta com o Executivo.
A partir de agora, interlocutores apostam em um Motta mais independente, dono de si e disposto a pautar temas considerados necessários, ainda que isso desagrade o Palácio do Planalto ou o Supremo Tribunal Federal.
