O caso aconteceu em 2021 no Rio Grande do Sul, quando a criança tinha 3 anos; a decisão é de 2º grau e ainda cabe recurso
O humorista Cristiano Pereira, integrante do programa A Praça é Nossafazer Sbtfoi condenado a 18 anos, 4 meses e 15 dias de prisão em regime fechado por estuprar a própria filha.
Cristiano publicou uma nota assinada por seu advogado, Edson Cunha, na sexta, alegando ter sido absolvido em primeiro grau e afirmando que decisão da segunda instância “contrariou provas periciais”. “Diante desse cenário, serão adotadas as medidas judiciais cabíveis perante as instâncias superiores”, diz um trecho do comunicado.
O SBT afirmou não ter sido notificado nem informado sobre a ação envolvendo o humorista. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), de onde partiu a condenação, disse que o processo corre em segredo de justiça.
A decisão veio da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Conforme Aline, Cristiano tentou imputar crime de alienação parental à mãe da vítima.
Atualmente, o humorista realiza uma série de apresentações em comemoração aos seus 30 anos de carreira. Nesta sexta, ele possui uma sessão agendada em Palmas, no interior do Paraná.
Leia a nota completa de Aline Rübenich, advogada da mãe da vítima
Humorista integrante do programa A Praça é Nossa (SBT) foi condenado pela 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a 18 anos, 4 meses e 15 dias de prisão em regime fechado pelo crime de estupro de vulnerável.
A decisão unânime escancara a gravidade de um caso emblemático de violência sexual já julgados no Estado e marca uma resposta contundente da Justiça contra crimes cometidos contra crianças e adolescentes.
Paralelamente ao processo criminal, o condenado buscou judicialmente imputar alienação parental à mãe da vítima, em uma tentativa evidente de silenciá-la diante das denúncias. Esse expediente, infelizmente, é recorrente em casos de violência, onde mulheres e mães são perseguidas judicialmente para que a verdade não venha à tona.
Repudiamos com veemência qualquer tentativa de relativizar, estigmatizar ou culpabilizar a vítima, bem como o uso distorcido de ações judiciais como forma de intimidação.
Reafirmamos: a vida só começa quando a violência termina. A decisão judicial é um passo decisivo para que não existam próximas vítimas. E um lembrete urgente: o silêncio só protege agressores.
O que diz Cristiano Pereira
A defesa alega que Cristiano é inocente e que a sentença de primeiro grau “reconheceu a ausência de provas” do crime. O advogado do humorista também afirmou que a decisão judicial ainda não foi publicada pelo TJRS e as informações estão limitadas ao que foi divulgado durante o julgamento.
“Todos os laudos periciais oficiais produzidos pelos peritos do Departamento Médico Legal do RS confirmaram a inexistência do fato. O delegado responsável à época, além de não indiciar, foi testemunha de defesa, firmando convicção técnica e jurídica de que não houve nenhum fato”, diz um trecho do comunicado.

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“Mantemos plena confiança no reconhecimento do equívoco de julgamento no TJRS, visto que nenhuma das provas efetivamente produzidas sob o crivo do contraditório e da ampla defesa – e analisadas na sentença absolutória de primeiro grau – foi devidamente apreciada no julgamento de segunda instância. Temos plena convicção da inocência de Cristiano Pereira, e confiamos no Poder Judiciário”, finaliza.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Nátaly Tenório