A precaução e a atenção do consumidor em suas interações digitais constituem o comportamento mais adequado para a proteção individual e representam uma necessária complementaridade aos esforços de segurança do setor, dos agentes do Estado e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Esse foi o tom da fala apresentada ao público da Futurecom, nesta quarta-feira (1º/10), em São Paulo, pela superintendente de Fiscalização da Anatel, Gesiléa Fonseca Teles.
O professor de análise de risco cibernético e antifraude do Instituto Brasileiro de Cibersegurança, Leandro Ludwig, destacou que a cibersegurança deve ser pensada como uma estratégia — modelo que, segundo Gesiléa, é adotado pela agência reguladora.
A Anatel, além da responsabilidade legal de certificar a cibersegurança dos equipamentos de telecomunicações tem atuado em cooperação com instituições de segurança pública no combate ao crime cibernético, em parceria com a Receita Federal para a detecção de equipamentos irregulares importados no país, além de ter implantado, em 2023, o Laboratório Antipirataria da instituição.
Ações de destaque – Durante o painel, a superintendente da Anatel descreveu ações da agência no combate a uma modalidade de crime em que criminosos utilizam uma antena móvel de celular irregular para bloquear o sinal de consumidores e enviar SMS com links maliciosos. A Anatel tem divulgado frequentemente as medidas contra esse tipo de prática, como no caso relatado em Anatel desativa quinta “ERB Fake” em São Paulo/SP.
Outra ação destacada por Gesiléa é o combate às TV Boxes não homologadas, muitas delas infectadas por malwares que transformam os dispositivos em ferramentas de crime cibernético, representando risco para seus proprietários. O problema já levou a agência a emitir um alerta específico, disponível em Anatel emite alerta sobre malware “Bad Box 2.0” em TV Boxes piratas.
A Anatel também mantém em seu portal um espaço dedicado a dicas de segurança contra fraudes e golpes.