Escolher o lubrificante correto é um dos pontos-chave para garantir a vida útil do motor e reduzir custos operacionais. Para Alberto Freitas, chefe de operações da Valvolineo desafio é ainda maior para motoristas autônomos e donos de transportadoras, que precisam equilibrar preço, qualidade e disponibilidade do veículo.
Lubrificante: o perigo da falsificação
Segundo Freitas, a falsificação de lubrificantes é um problema sério no mercado. As embalagens falsificadas, muitas vezes, são tão bem feitas que fica difícil identificar o produto adulterado.
“O preço é um dos principais indicativos. Quando algo está muito abaixo da média do mercado, é sinal de alerta”, alerta o executivo.
Além do preço, o consumidor deve verificar:
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Lacres e selos de indução na embalagem;
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Rótulo com informações clarascomo lote e data de fabricação;
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UM procedência da marca e do distribuidor.
Lubrificante: sinais de alerta no uso
Mesmo com os cuidados na compra, pode acontecer de o lubrificante adulterado chegar ao motor. O motorista deve ficar atento a mudanças na viscosidade ou aspecto do óleo.
“Quem usa sempre o mesmo lubrificante consegue perceber diferenças de cor ou textura. Esses são sinais de que algo está errado”, explica Freitas.
Impactos do lubrificante inadequado
O uso de lubrificante de baixa qualidade ou fora da especificação do veículo pode causar danos sérios, como:
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Entupimento do filtro de partículas (DPF) e do catalisador, especialmente em veículos Euro 6 que exigem óleos CK4;
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Aumento do consumo de combustível;
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Redução da vida útil de componentes internos do motor.
“Se o lubrificante não atende às especificações, o motor trabalha de forma menos eficiente e desgasta mais rapidamente”, ressalta Freitas.
Lubrificante e fluido de arrefecimento: dupla inseparável
Outro ponto destacado por Freitas é a relação entre lubrificante e fluido de arrefecimento (coolant).
“Se o motor trabalha com temperatura acima do normal por falta de um fluido adequado, o óleo perde eficiência e se forma aquela borra que compromete o desempenho”, Explicar.
Desconfie do óleo a granel sem procedência
Muitos estabelecimentos vendem lubrificante a granel, mas nem sempre há garantia sobre a qualidade do que está dentro do tambor. “Algumas empresas têm sistemas confiáveis, mas em outros casos não há controle. O barato pode sair caro”, alerta.
Lubrificante: dicas finais do especialista
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Não se guie apenas pelo preço.
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Compre de fornecedores confiáveis e verifique lacres e rótulos.
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Desconfie de óleo a granel sem controle de qualidade.
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Mantenha o fluido de arrefecimento em boas condições.
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Use lubrificantes que atendam às especificações do fabricante do veículo.
“O lubrificante é um investimento. Um produto de qualidade pode custar um pouco mais, mas evita prejuízos muito maiores e garante a disponibilidade do caminhão”, conclui Freitas.
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