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Cirurgia de joelho no século XXI: tecnologia, precisão e novos desafios

Artigo Policial

Avanços tecnológicos elevam o patamar dos procedimentos cirúrgicos, mas fatores como custo e capacitação profissional ainda limitam a expansão dessas inovações no país

Na ortopedia, a cirurgia do joelho é uma das áreas que mais evoluíram nos últimos anos, impulsionada por tecnologias que proporcionam maior precisão, menor tempo de recuperação e melhores resultados funcionais. O uso de robôs e a personalização de próteses por impressão 3D já transformam a prática ortopédica, embora obstáculos ainda dificultem o acesso generalizado a esses recursos no Brasil.

Técnicas minimamente invasivas e robótica

  • As artroscopias permitem avaliar toda a articulação com instrumentos menores e câmeras de alta definição, possibilitando o tratamento de lesões de menisco, cartilagem e ligamentos com menor agressão aos tecidos.
  • As artroplastias assistidas por robôs proporcionam cortes mais precisos e melhor alinhamento das próteses, reduzindo o desgaste precoce e ampliando a durabilidade dos implantes.
  • Sistemas de navegação auxiliam na escolha do posicionamento ideal, garantindo simetria e estabilidade à articulação.

Enxertos e próteses personalizadas em 3D

  • Impressoras 3D já produzem guias cirúrgicos, moldes e próteses sob medida, adaptados à anatomia de cada paciente.
  • Novos materiais biocompatíveis e superfícies porosas favorecem a integração óssea e podem aumentar a vida útil dos implantes.
  • Pesquisas exploram enxertos de cartilagem cultivados em laboratório, biomateriais híbridos e substitutos ligamentares com células-tronco, que ainda permanecem restritos a estudos clínicos.

Desafios para o uso no cenário nacional

A adoção dessas inovações depende de investimentos em equipamentos, capacitação de profissionais e atualização constante dos protocolos de segurança. O custo elevado dos robôs cirúrgicos e das próteses personalizadas limita o acesso a uma parte restrita da população, normalmente atendida em grandes centros e hospitais privados. Além disso, para que essas tecnologias sejam incorporadas ao sistema público, são necessárias avaliações de custo-benefício, regulamentações e padronização dos treinamentos, permitindo que mais especialistas dominem os novos métodos.

Os avanços na cirurgia do joelho sinalizam um futuro promissor, com resultados mais precisos e duradouros. No entanto, o êxito dessas ferramentas depende da integração responsável, do treinamento contínuo e de políticas que viabilizem o acesso seguro e igualitário aos pacientes brasileiros.

Dra. Camila Cohen Kaleka – CRM/SP 127.292 RQE 57.765
Ortopedista
Mestrado na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Doutorado no Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein
Membro da Saúde Brasil



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