Ciro Nogueira diz que falta de união da direita coloca em risco ‘uma eleição ganha’

Ciro Nogueira diz que falta de união da direita coloca em risco ‘uma eleição ganha’

Artigo Policial

‘Já está passando de todos os limites a falta de bom senso’, disse o senador, que foi ministro no governo de Jair Bolsonaro; ele afirma que divergências não podem transformar o grupo em ‘cabo eleitoral de Lula’

Jefferson Rudy/Agência SenadoCiro Nogueira conversa no plenário do Senado com Flávio Bolsonaro, filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do Progressistas, fez um apelo pela unificação da direita para as eleições de 2026. Em publicação no X (antigo Twitter), o ex-ministro da Casa Civil criticou a “falta de bom senso” no campo conservador e disse que a postura atual pode favorecer a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Já está passando de todos os limites a falta de bom senso na direita, digo aqui a centro-direita, a própria direita e seu extremo. Ou nos unificamos ou vamos jogar fora uma eleição ganha outra vez”, escreveu o senador. Ele acrescentou que divergências internas não podem transformar o grupo em “cabo eleitoral de Lula, do Pt e do PSOL”.

Nogueira tem defendido uma candidatura de unidade em torno do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apontado em pesquisas como o nome mais competitivo da oposição. A ideia enfrenta resistência de alas mais radicalizadas do bolsonarismo, que ainda insistem em Jair Bolsonaro (PL) como candidato em 2026, apesar de o ex-presidente estar inelegível e condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na ação penal da trama golpista.

Nos bastidores, há relatos de desânimo de Tarcísio diante da pressão para disputar o Planalto e da oposição aberta de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ao seu nome. O deputado e aliados, como o empresário Paulo Figueiredo, têm insistido em manter Bolsonaro ou alguém de sua família como referência política, além de pressionar pela aprovação de uma anistia ampla aos condenados do 8 de Janeiro.

Na Câmara, o projeto de anistia enfrenta resistência e pode ser transformado em um projeto de redução de penas, relatado por Paulinho da Força (Solidariedade-SP). A mudança tem apoio de parte do Centrãomas divide até mesmo setores da direita. Já a chamada PEC da Blindagem, que buscava ampliar a imunidade parlamentar, foi rejeitada pelo Senado.

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A crítica de Ciro Nogueira reflete o impasse da oposição: enquanto setores do Centrão buscam uma alternativa viável com Tarcísio, a ala bolsonarista insiste em manter o protagonismo da família Bolsonaro. Parlamentares da própria direita avaliam que a falta de consenso pode fragilizar o grupo e abrir caminho para a reeleição de Lula em 2026.

Publicado por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA



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