Diretor da série conversou com a Jovem Pan e contou os bastidores da produção, que estreia nesta quinta-feira (31) no streaming
UM HBO Max aposta em seu novo true crime nacional e vai contar a história chocante de Rafael Miguel. Conhecido pelo seu papel em “Chiquititas”, Rafael foi assassinado, junto com seus pais, pelo pai da namorada Isabela Tibcherani, Paulo Cupertino. O caso aconteceu em 2019 e teve uma enorme repercussão nacional e foi acompanhado por todas as mídias brasileiras, que cobriram o caso desde a tragédia até a captura de Cupertino, que ficou dias foragido. Em entrevista para a Jovem PanAdriana Cechetti, diretora de produção sênior para conteúdos de não-ficção da Warner Bros. Discovery, contou como foi a escolha deste caso específico.
“Nosso olhar está sempre voltado para o true crime e temos vários sucessos, como o caso de ‘Pacto Brutal’. Neste caso específico, quando o projeto chegou, foi o fato de ser um caso relevante, afinal, quanto mais famoso, mais conhecido, mais relevante, já que a audiência já se conecta, porque ela já conhece aquela história. Porém, a gente não faz jornalismo, a gente conta com um outro olhar. Os acessos que eles trouxeram, a Isabella em si, ela podendo contar a própria história… Foi muito relevante. A gente queria contar essa história pelo olhar dela”, disse. “Além, claro, o que poderia ser discutido a partir disso. Não é o crime pelo crime, a gente sempre pensa nos debates diante da sociedade, e aqui a gente fala muito sobre a violência contra a mulher, traz discussões importantes.”
Fernando Dias, produtor da Grifa Filmes, também revelou como foi o pontapé inicial da produção. “Os acessos nesse tipo de projeto são fundamentais. A gente começou pela Polícia Civil, que ajudou muito no projeto, principalmente a Dra. Ivalda. Tinha também a questão da investigação pelo assassino, que trazia algo diferente de outros true crimes, porque teve a fuga dele e toda a inteligência da polícia indo atrás. Quando iniciamos, não tínhamos o julgamento, ainda não tinha sido marcado, mas fizemos uma construção com a Isabela, para ter o olhar dela, que é uma vítima muito forte e com impacto de todos os lados. Claro que as vítimas são as pessoas que perderam a vida, mas ela também sofria uma violência no dia a dia”, contou.
Diretor da produção, Maurício Dias completou contando como foi a aproximação com Isabela e os cuidados que tiveram na construção da história. “Quando conheci a Isa, comecei a entender o que era o dia a dia dela. Veio um pensamento de como retratar esse dia a dia. Qualquer série precisa ter um objetivo a mais, ela vivia em uma família violenta, misógina, tóxica. Quando a primeira vez, ela era uma menina, bem insegura, e ela foi amadurecendo e fomos ganhando a confiança dela com uma relação próxima. Aos poucos, entendemos que essa tragédia era uma história de amor, um Romeu e Julieta, mas, infelizmente, o Rafa entrou em uma família tóxica e a história explode nessa tragédia. A história de amor deles era comovente, eles vão por cima de todas as provações que podiam”, afirmou.

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Dividida em três episódios, a série traz com exclusividade o relato de Isabela sobre o momento do crime e se aprofunda na história de amor do jovem casal. O documentário mostra em detalhes a investigação e os bastidores dos dois julgamentos, além de retratar o cotidiano de Isabela ao lado de Cupertino, descrito como um homem violento e controlador, com padrões abusivos que permeavam a relação familiar e, apresenta entrevistas inéditas e acesso exclusivo aos bastidores da investigação e dos dois julgamentos do caso. A série estreia dia 31 de julho na HBO Max.