Apesar da pressão da oposição para que o presidente da Câmara, Hugo Motta, reaja à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de determinar a prisão preventiva da deputada Carla Zambelli, a Casa não tem como evitar que a bolsonarista seja presa.
Isso porque os deputados só poderão analisar o caso quando a Corte encaminhar a comunicação de medida cautelar para o Legislativo.
Segundo fontes do STF, o despacho ocorrerá apenas quando a prisão de Carla tiver sido concretizada. Não há previsão para isso ocorrer, porque a deputada deixou o país e não indicou quando pretende retornar.
Carla não está na mesma situação de Daniel Silveira e Chiquinho Brazão, que tiveram suas detenções apreciadas na Comissão de Constituição e Justiça e no plenário da Câmara, porque já estavam presos e as respectivas medidas cautelares enviadas pelo STF ao Congresso.
Lideranças próximas de Motta avaliam, porém, que, se a deputada do PL for presa, o presidente da Câmara deve encaminhar a medida para votação imediata da CCJ. Assim que essa fase for superada, colocará o tema em apreciação no plenário.
