No contexto de sua contínua atuação como Estado-Membro da União Internacional de Telecomunicações (UIT), o Brasil lançou, em 18 de junho, duas candidaturas para o processo de eleições da próxima Conferência de Plenipotenciários (PP-26), durante o segundo dia da Sessão 2025 do Conselho do organismo internacional, realizada em Genebra, Suíça.
O evento de lançamento contou com discurso de abertura do embaixador Guilherme Patriota, representante permanente da Missão do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) e outras organizações econômicas. Patriota destacou que o Brasil, membro do Conselho da UIT desde sua criação em 1947, tem se engajado ativamente nos debates da organização, contribuindo em temas como a expansão da conectividade, cabos submarinos, inteligência artificial (IA), além de questões administrativas da UIT e iniciativas como a Ação digital verde (GDA)com perspectivas de ampliação no Brasil.
Destacou, ainda, o peso do Brasil no cenário mundial das telecomunicações e ecossistemas digitais e sua abordagem internacional com vistas à conformação de uma sociedade digital global centrada nas pessoas, inclusiva e voltada ao desenvolvimento.
Em seguida, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri, discursou como candidato brasileiro ao posto de Secretário-Geral Adjunto da UIT. Em suas palavras, Baigorri mencionou ser a candidatura um momento de renovado compromisso do Brasil com a organização e que se alinha “com as participações dos excelentes representantes do País em Grupos de Trabalho, Grupos de Estudo, Conferências e Assembleias e Conselho”, e que “trabalhará para uma União mais forte e mais importante para todos os povos, com entregas relevantes para todos os Estados Membros e Membros Setoriais”.
O evento foi encerrado com fala da secretária-geral da UIT, Doreen Bogdan-Martin, que manifestou satisfação com o anúncio das candidaturas brasileiras e ressaltou a relevante presença brasileira nos trabalhos voltados aos avanços globais das telecomunicações e outras contribuições diretas do Brasil como a de ser o país anfitrião do Escritório Regional das Américas.