Autoridade Palestina pede intervenção internacional contra Israel após aprovação de novas colônias na Cisjordânia

Autoridade Palestina pede intervenção internacional contra Israel após aprovação de novas colônias na Cisjordânia

Artigo Policial

Ministra das Relações Exteriores, Varsen Aghabekian, acusa a comunidade internacional de ‘complacência’ e classifica de ‘inúteis’ as declarações e as demonstrações de repúdio sem a tomada de ações

Reprodução / @embaixada_palestina_brasil
A Ministra das Relações Exteriores da Palestina, Varsen Aghabekian, e Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, no Itamaraty

O Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina (ANP) pediu nesta quarta-feira (20) uma “verdadeira” intervenção internacional e a imposição de sanções contra Israel, depois que o governo de Benjamin Netanyahu aprovou a construção de novos assentamentos que dividem o norte e o sul da Cisjordânia ocupada. “(É necessária) uma verdadeira intervenção internacional e a imposição de sanções à ocupação para obrigá-la a deter a aplicação de seus planos e a cumprir o consenso internacional sobre a solução da questão palestina”, disse em comunicado, divulgado pela agência oficial palestina “Wafa”, a ministra Varsen Aghabekian.

No texto, Aghabekian acusa a comunidade internacional de “complacência” e classifica de “inúteis” as declarações e as demonstrações de repúdio sem a tomada de ações, já que os assentamentos israelenses em território palestino são ilegais, segundo o direito internacional. “As meras declarações de condenação e denúncia são inúteis neste caso e não protegem a solução de dois Estados, especialmente à luz da jactância pública oficial de Israel de atacar o Estado palestino e trabalhar para frustrar a oportunidade de implementá-lo”, acrescentou.

A construção das colônias na área “E1”, que ocorrerá a leste de Jerusalém, estava congelada há mais de duas décadas devido à pressão internacional e dos Estados Unidos. Sua localização é estratégica porque esta área unia as principais cidades palestinas de Ramala, no norte da Cisjordânia, com Belém, no sul. Após sua aprovação hoje, em comunicado, o ministro das Finanças e colono israelense, Bezalel Smotrich, assegurou que “o Estado palestino está sendo destruído, não com lemas, mas com fatos”.

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Mais de 700 mil colonos israelenses vivem na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, ambos territórios ocupados por Israel desde a guerra de 1967. Além disso, o governo israelense apoia abertamente a presença de colonos com a criação de estradas, o fornecimento de eletricidade e subsídios a famílias judias que se mudam para a Cisjordânia.

*Com informações da EFE



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