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Anatel reafirma compromisso com a inclusão digital e destaca sinergia entre IA e banda larga — Agência Nacional de Telecomunicações

Anatel e Labres

O conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Alexandre Freire enfatizou, nesta quarta-feira (1º/10), no Futurecom, a importância do papel social da conexão digital. “Estar verdadeiramente conectado em nosso tempo significa ter acesso não apenas a dados, mas a oportunidades”, afirmou. Desde a abertura do evento, na última terça-feira, o representante da Anatel tem promovido ativamente essa visão.

O ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, também participou do painel promovido pela World Broadband Association (Associação Mundial de Banda Larga, WBBA, na sigla em inglês) e mencionou a atuação conjunta da Anatel e do Ministério na Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (ENEC), que prevê conectar 138 mil instituições até 2026. O Futurecom é o principal congresso de telecomunicações do País e está sendo realizado na capital paulista.

Inteligência Artificial e Banda Larga

O conselheiro destacou ainda a importância estratégica da sinergia entre banda larga e Inteligência Artificial (IA) para o ecossistema digital. “Não há Plano Brasileiro de Inteligência Artificial sem banda larga, e não há banda larga do futuro sem Inteligência Artificial”, afirmou. Ele citou os projetos Norte Conectado e Nordeste Conectado, liderados pelo Ministério das Comunicações com colaboração da Anatel, como exemplos de que “políticas públicas bem desenhadas podem transformar inclusão digital em desenvolvimento regional”. “Não podemos permitir que, enquanto alguns desfrutam de redes de ponta, outros permaneçam presos à exclusão digital — e, portanto, à exclusão social”, afirmou.

Alexandre Freire  ainda se manifestou sobre o uso desses elementos do ecossistema digital como instrumentos de inclusão. Em sua análise, é justamente nesse ponto que o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) converge. “O PBIA reconhece que a IA só pode florescer em um país com infraestrutura digital robusta, resiliente e sustentável, e onde a população tenha habilidades digitais para usufruir dos benefícios, sem que ocorra um aumento do brecha digital”.

O atual PBIA do Governo Federal prevê investimentos de R$ 23 bilhões até 2028 em projetos como a criação de uma “nuvem soberana”, uma infraestrutura nacional de armazenamento de dados. No âmbito da Anatel, o conselheiro é o patrocinador dos esforços ligados às pesquisas regulatórias sobre Inteligência Artificial.

Ele também mencionou os riscos e os modelos de governança da tecnologia. Ressaltou que o PBIA alerta para desafios como vieses algorítmicos, vazamento de dados, desinformação e alto consumo energético. Segundo ele, “quando aplicados às telecomunicações, esses desafios exigem atenção redobrada, pois falhas em infraestruturas críticas podem comprometer todo o ecossistema digital”.

Para o conselheiro da Anatel, a resposta está no conceito de IA responsável, defendido pelo Plano: sistemas transparentes, auditáveis, inclusivos e alinhados à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Dessa forma, a Anatel e os órgãos reguladores deixam de ser meros árbitros técnicos para assumir a função de guardiões da confiança pública.

Interiorização digital

O ministro das Comunicações informou que o objetivo do Governo Federal é acelerar a conectividade e a qualidade da banda larga nas menores cidades do País. Os atuais compromissos estabelecidos com o leilão das faixas de 5G, realizado pela Anatel, preveem que todos os municípios com mais de 30 mil habitantes deverão ter acesso à tecnologia até 2029. Também esteve presente entre os convidados do painel o conselheiro da Anatel Edson Holanda.

Ke Ruiwen, CEO da China Telecom, destacou que, por meio da WBBA, é possível colaborar para a construção de infraestrutura que leve internet às pequenas cidades. Em sua opinião, China e América Latina formam uma comunidade de destino compartilhado para o futuro.

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