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Anatel participa do lançamento do Mulher+Tech – Conexão para novos começos — Agência Nacional de Telecomunicações

Anatel e Labres

A Anatel participou, nessa terça-feira (20/5), do lançamento do projeto “Mulher+Tech – Conexão para novos começos”, realizado na sede da Claro, em São Paulo. A iniciativa é uma parceria entre a Claro e a ONU Mulheres, decorrente de ação da Anatel.

O projeto, que atenderá cerca de 1,3 mil mulheres vítimas de violência doméstica e refugiadas residentes nas dez capitais brasileiras com os maiores índices de violência de gênero, surgiu a partir de um diálogo entre o conselheiro da Anatel Alexandre Freire e a operadora, com vistas à formulação de uma obrigação de fazer a ser cumprida pela empresa.

Alexandre Freire afirmou que “a formulação do projeto teve como objetivo promover o letramento dessas mulheres em direitos humanos e habilidades digitais, a fim de empoderá-las e viabilizar sua inserção no mercado de trabalho”. O projeto envolve o desenvolvimento de competências para o uso eficaz, crítico e ético das tecnologias digitais.

Freire acrescentou que iniciativas como essa fortalecem o senso de pertencimento das mulheres às suas comunidades, permitindo, especialmente às vítimas de violência, uma reconstrução efetiva de suas vidas. Ele também ressaltou que projetos semelhantes poderão ser discutidos com outras empresas de telecomunicações, como forma de combater a desigualdade de gênero e promover os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

“A Anatel, por meio do fomento a esta ação, reafirma seu papel como um agente de transformação. Estamos alinhados à Agenda 2030 da ONU, em especial ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 5, que busca eliminar todas as formas de discriminação contra mulheres e meninas”, lembrou o conselheiro.

Segundo ele, essa iniciativa é, acima de tudo, um símbolo. “Um símbolo de que é possível fazer diferente. De que é possível usar a tecnologia como ponte para a dignidade, para o empoderamento e para a inclusão das pessoas que mais precisam ser vistas e ouvidas”, afirmou.

O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, enfatizou que as ações da Agência estão alinhadas às políticas de inclusão digital promovidas pelo Ministério das Comunicações. “Cada um de nós tem a responsabilidade de garantir um futuro melhor para todas as mulheres, para todas as meninas, para que de fato elas possam olhar para o futuro e sentir essa sensação de pertencimento”, afirmou.

O ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, destacou a importância da atuação da Anatel, que viabilizou a parceria entre a Claro e a ONU Mulheres. Esta última atuará como articuladora junto a outras dez organizações da sociedade civil, que serão selecionadas por edital para implementar o Mulher+Tech em suas respectivas cidades. Segundo o ministro, “essa iniciativa tem imenso potencial para abrir caminhos de autonomia, dignidade e futuro às mulheres”.

A superintendente de Controle de Obrigações da Anatel, Suzana Silva Rodrigues, explicou que o projeto possui critérios objetivos e quantificáveis, o que permitirá maior fluidez no acompanhamento das ações. “É gratificante observar a materialização do trabalho em um projeto que irá potencializar oportunidades para mulheres”, declarou.

A chefe de gabinete do conselheiro Alexandre Freire, Marina Vilela Soares, que atuou na elaboração da proposta que resultou no acordo entre Claro e ONU Mulheres, destacou que o estabelecimento de compromissos com impacto direto na vida das pessoas é essencial para que a Anatel cumpra seu papel de forma mais eficaz. A superintendente de Fiscalização da Agência, Gesiléa Fonseca Teles, também esteve presente na cerimônia de lançamento.

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A conselheira da Anatel Cristiana Camarate ressaltou que o Mulher+Tech está alinhado com outras iniciativas da Agência voltadas à promoção das habilidades digitais na população brasileira, como o lançamento do espaço de habilidades digitais no Portal da Anatel e a campanha #FiqueEsperto, com foco no combate a fraudes e na proteção de crianças e adolescentes.

Cristiana destacou ainda que há desigualdade entre homens e mulheres no uso da internet para fins profissionais: apenas 30% das mulheres utilizam a rede para esse fim. “A promoção das habilidades digitais proporciona uma melhor inserção da mulher no ambiente digital, permitindo que ela se desenvolva econômica e socialmente”, afirmou.

A representante interina da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino, disse que o projeto Mulher+Tech contribuirá para que essas mulheres sejam reconhecidas por seu potencial, e não por sua condição de vítimas. No início do programa, as participantes receberão um chip da Claro com plano gratuito por 12 meses. Ao final, a operadora também oferecerá um aparelho celular para todas aquelas que participarem presencialmente da capacitação e alcançarem mais de 75% de frequência. Durante esse período, elas participarão de cursos modulares com foco em habilidades digitais, empreendedorismo e direitos humanos.

“O acordo abre caminhos de autonomia, dignidade e futuro para vítimas de violênica e refugiadas. Essa é mais uma iniciativa concreta para reduzir desigualdades”, afirmou o ex-ministro das Comunicações, deputado Juscelino Filho.

O presidente da Claro, José Félix, afirmou que a operadora busca oferecer não apenas conectividade, mas também soluções que promovam a autonomia e o desenvolvimento social.

Primeira foto: Claro

Segunda foto: Shizuo Alves – MCOM



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