A imagem remete a um contraste entre um elemento natural (árvore) e o ambiente tecnológico que a rodeia.

Anatel aposta em ciência comportamental para fortalecer políticas de conectividade e sustentabilidade — Agência Nacional de Telecomunicações

Anatel e Labres

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deu mais um passo inovador rumo à construção de um futuro digital mais inclusivo e sustentável. O conselheiro diretor da Agência Alexandre Freire determinou a realização de um estudo pioneiro que aplicará Behavioral Insights (ciência dos insights comportamentais) ao Plano de Conectividade Significativa e Sustentabilidade Socioambiental (PCS), atualmente em sua relatoria para análise e posterior deliberação junto aos demais membros do Conselho Diretor da agência reguladora.

Para Freire, a medida reflete a preocupação da Agência em adaptar a regulação à realidade das pessoas. “Vivemos em uma era de complexidade digital crescente, onde a eficácia das políticas públicas exige mais do que boas intenções, demandam compreensão profunda de como as pessoas de fato tomam decisões. A aplicação de insights comportamentais permite desenhar soluções mais inteligentes, que ampliam a inclusão digital e promovem sustentabilidade com base em evidências”, declarou.

A iniciativa, oficializada por meio de Ofício ao Centro de Altos Estudos em Comunicações Digitais e Inovações Tecnológicas (Ceadi), contará com o apoio do Laboratório de Pesquisa em Ciências Comportamentais (Nudge.lab). Será a primeira atividade do Nudge.lab desde sua implantação e o prazo para entrega do estudo é de 60 dias.

O que muda com essa abordagem?
Tradicionalmente, políticas públicas em telecomunicações são desenhadas com foco em infraestrutura e acesso. Agora, a Anatel busca ir além: compreender como fatores psicológicos e sociais influenciam o comportamento de cidadãos e empresas para promover uma conectividade significativa, que não se restrinja a estar online, mas que viabilize a plena participação social, econômica e cultural no ambiente digital.

Essa visão também está alinhada à sustentabilidade socioambiental, incorporando ao setor de telecomunicações práticas mais verdes e responsáveis. O estudo vai mapear vieses cognitivos e heurísticas que podem influenciar a adoção de tecnologias e de hábitos sustentáveis, além de propor nudges — os chamados “empurrões gentis” — que incentivem escolhas mais benéficas tanto para o usuário quanto para a sociedade.

Próximos passos
Com base nos resultados, a expectativa é que o PCS seja aprimorado antes de seguir para Consulta Pública. A Anatel prevê que o estudo traga metodologias de teste e métricas de impacto, fortalecendo uma regulação baseada em evidências e ajustada à realidade de cidadãos e empresas.

Assim, a Agência consolida-se como protagonista na formulação de políticas inovadoras em telecomunicações, unindo tecnologia, sustentabilidade e ciência do comportamento para transformar intenções em ações concretas — e resultados duradouros para todo o país.



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