Moraes determina acareação entre Mauro Cid e coronel Marcelo Câmara

Ajudância de ordens só atrapalhou a vida de Cid, diz defesa

Artigo Policial

O advogado Jair Pereira criticou o relatório final e disse não concordar com as alegações do procurador-geral da República Paulo Gonet

TON Molina/STFDescrevendo o perfil e as atribuições de Mauro Cid, o advogado Jair Pereira revelou que a ajudância de ordens só atrapalhou a vida do seu cliente

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid tentou hoje, na tribuna do Supremo Tribunal Federal (STF), afastar todas as acusações do ex-ajudante de ordens, dizendo que o militar apenas recebia ordens e era convidado para reuniões. O advogado Jair Pereira criticou o relatório final e disse não concordar com as alegações do procurador-geral da República Paulo Gonet. “Eu posso não concordar com o relatório, com o indiciamento do delegado e, de fato, não concordo. Agora, nem por isso eu posso dizer que ele coagiu o meu cliente ou que ele cometeu uma ilegalidade. Não posso dizer que ele e o ministro Alexandre de Moraes me coagiram, porque não seria verdade”, afirmou o advogado Jair Alves Pereira.

Descrevendo o perfil e as atribuições de Mauro Cid, o advogado Jair Pereira revelou que a ajudância de ordens só atrapalhou a vida do seu cliente. “Ajudância de ordens só atrapalhou a vida de Cid”, disse Jair. O tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, de 45 anos, é o foco do julgamento por um suposto golpe de Estado no Brasil. Afastado do Exército em 2023, mantém sua patente e recebe R$ 27 mil mensais. Com doutorado em Ciências Militares e experiência militar de mais de 20 anos, Cid foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro a partir de 2018. Ele supervisionava a agenda do presidente e auxiliava em compromissos pessoais.

Primeira Prisão

Cid foi preso em 3 de maio de 2023 durante uma operação da Polícia Federal por fraudes em cartões de vacinação da Covid-19, falsificando documentos de Bolsonaro e de sua filha. Ele foi mantido em uma cela especial e, após um acordo de delação premiada homologado em setembro, deixou o batalhão, mas usou tornozeleira eletrônica.

Segunda Prisão

A segunda prisão ocorreu em março de 2024, durante uma audiência no STF, onde desmaiou ao saber da decisão. Cid alegou ter sido coagido a prestar depoimentos falsos. Ele colaborou com a Polícia Federal, revelando um suposto plano de golpe e fraudes relacionadas a cartões de vacinação. A delação, homologada pelo Supremo, fundamentou a denúncia contra Bolsonaro e outros 33 envolvidos.

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Cid afirmou que, após a vitória de Lula em 2022, surgiram três grupos insatisfeitos: conservadores, moderados e radicais. Ele relatou reuniões que discutiram a possibilidade de mobilização de caminhoneiros e mencionou receber dinheiro do então ministro da Defesa para viabilizar um golpe. A defesa de Mauro Cid tenta, no Supremo Tribunal Federal, validar o acordo de colaboração premiada firmado com a Polícia Federal para reduzir a pena.



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