José Luís Mendes de Oliveira Lima argumentou que teve acesso às provas dois dias antes da instrução e criticou o que chamou de ‘despejo’ do processo, pela Polícia Federal, que a defesa ‘não teria como olhar’
O advogado José Luís Mendes de Oliveira Limaque representa o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil Walter Braga Nettoalegou nesta quarta-feira (3), cerceamento da defesa em dois pontos do processo que pode levar à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro: na análise de 70 Terabytes de documentos sem tempo minimamente razoável; e na impossibilidade de gravação da acareação entre o ex-ministro – atualmente preso – e o delator, tenente-coronel Mauro Cid. Lima, que é conhecido como Juca, afirmou em sua sustentação oral no julgamento sobre a tentativa de golpe que o direito à defesa não pode sofrer máculas e que a defesa de Braga Netto não teve exercício pleno.

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O advogado argumentou que teve acesso às provas dois dias antes da instrução e criticou o que chamou de “despejo” do processo, pela Polícia Federal, que a defesa “não teria como olhar”. Nessa seara, citou um laudo pericial que indicaria que, só para a abertura de todos os documentos, levaria 30 dias. Já com relação à negativa de gravação da acareação, Juca citou como a publicidade do processo foi exaltada pelo ministro Alexandre de Moraes no início do julgamento nesta terça, 2, e questionou: “Todos atos foram públicos e gravados, porque acareação não foi? Qual o fundamento legal para não gravar? Não existe”.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Dias