São Paulo registra setembro mais seco desde 2017

São Paulo registra setembro mais seco desde 2017

Artigo Policial

Com apenas dois dias de chuva, capital expõe riscos de crise hídrica, poluição e impactos da mudança climática

FÁBIO VIEIRA/FOTORUA/ESTADÃO CONTEÚDOA ausência de chuvas prolonga a seca nos reservatórios e compromete a qualidade do ar, que fica mais poluído e nocivo à saúde da população, especialmente em crianças e idosos

Setembro terminou com apenas dois dias de chuva em São Pauloo menor número desde 2017, segundo dados do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE). O registro chama a atenção não apenas pela anomalia meteorológica, mas pelo alerta que traz em um contexto de urbanização intensa e mudanças climáticas. A ausência de chuvas prolonga a seca nos reservatórios e compromete a qualidade do ar, que fica mais poluído e nocivo à saúde da população, especialmente em crianças e idosos. Além disso, a escassez de precipitação reduz a infiltração da água no solo e agrava problemas de abastecimento em regiões periféricas, onde a infraestrutura urbana já é mais frágil. O fenômeno se soma a um histórico recente: entre 2014 e 2017, o Sudeste enfrentou uma das maiores crises hídricas da sua história, deixando bairros da capital sob rodízio de água. Agora, diante de um cenário de aquecimento global, a ocorrência de extremos climáticos — longos períodos secos seguidos de chuvas intensas — tende a se tornar cada vez mais frequente.

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Especialistas alertam que o episódio reforça a necessidade de investir em resiliência urbana. Isso inclui ampliar a capacidade de armazenamento de água, modernizar redes de distribuição, estimular o reuso e adotar soluções baseadas na natureza, como áreas verdes que ajudam a infiltrar e regular o ciclo hídrico. Mais do que um dado climático, setembro de 2025 deve ser visto como um sinal de urgência. O clima da cidade já não é o mesmo, e a resposta depende de políticas públicas consistentes, inovação tecnológica e mudanças de comportamento que coloquem a água no centro da agenda urbana.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.



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