Crime se organizou como a gente não esperava, diz deputado - 16/09/2025 - Painel

Crime se organizou como a gente não esperava, diz deputado – 16/09/2025 – Painel

Noticias Gerais

Presidente da comissão especial que vai se debruçar sobre o mérito da PEC (proposta de emenda à Constituição) da Segurança Públicao deputado Aluísio Mendes (Republicanos-MA) avalia que o crime se organizou de uma forma não esperada no país e defende um debate não ideológico sobre o tema.

Ao final de uma audiência nesta terça-feira (16) com o ministro Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Mendes comentou o assassinato do ex-delegado-geral de São Paulo Ruy Ferraz na noite segunda-feira (15) em Praia Grande, na Baixada Santista.

“Nós tivemos ontem (segunda-feira) um caso gravíssimo, um assassinato de forma brutal, covarde, de maneira muito ostensiva de um ex-delegado-geral da Polícia de São Paulo. Isso, sem dúvida nenhuma, foi feito pelo crime organizado”, afirmou.

“Então a gente precisa entender que o crime, no Brasil, se organizou de uma forma que a gente não esperava”, continuou. “E se a gente não se organizar como força de segurança pública, como sociedade e como governo, nós vamos perder essa batalha.”

Para ele, a PEC é um “grande alento” para avançar na política de segurança pública do Brasil, que, na avaliação do deputado, está falida. “A sociedade espera muito do nosso trabalho. E se a gente partidarizar ou ideologizar essa discussão, quem vai pagar o preço são aqueles que trabalharam nesse intuito (de combater o crime).”

Questionado sobre as falas do secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbosobre a proteção de agentes públicos após a aposentadoria, ele defendeu que essa questão é subsidiária.

“O que a gente precisa fazer é ter uma política de segurança pública que combata as organizações criminosas. Aquilo foi feito pelo crime organizado. Mostra a ousadia deles”, afirma. “Nós temos que trabalhar no sentido de dar a nossas forças de segurança pública e ao nosso arcabouço jurídico mais instrumentos para combater o crime organizado, que já está infiltrado em todos os setores da sociedade.”

Relator da PEC na comissão, o deputado Mendonça Filho (União-PE) também lamentou a execução de Ferraz. “É uma coisa terrível, abominável e uma violência extrema. Um agente do Estado brasileiro sendo executado. Realmente é uma mostra que o crime organizado cada vez mais se mostra poderoso e coloca o Estado numa situação bastante delicada.”

Na avaliação do parlamentar, a proteção dos agentes ativos ou inativos deveria constar em uma legislação específica, principalmente envolvendo os que enfrentam facções criminosas.

“E acho que isso é mais do que um alerta. É um grande alerta de que ou a gente reage ou o Brasil vai ser dominado pelo crime organizado”, afirmou.


LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

Conteúdo original

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *