Lula diz que Brasil não pode admitir que negros sejam ‘alvos preferenciais’ de ações policiais

Lula diz que Brasil não pode admitir que negros sejam ‘alvos preferenciais’ de ações policiais

Artigo Policial

Durante participação na Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, presidente se referiu a forças de segurança como ‘forças de repressão’

Ricardo Stuckert/PrO presidente Lula participa da cerimônia de abertura da 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira, 15, que o Brasil não pode tolerar que jovens negros de periferias sejam “alvos preferenciais” da ação das forças de segurança, que classificou como “forças de repressão”. A declaração ocorreu durante a abertura da 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir), em Brasília. “É inadmissível que jovens e mulheres negros sejam as maiores vítimas da violência. Racismo é crime e também uma doença que precisa ser erradicada do nosso país”, afirmou Lula.

O presidente destacou que, embora as políticas sociais tenham ampliado a presença de pessoas negras em espaços historicamente ocupados por brancos — citando, por exemplo, a Universidade de São Paulo (USP) —, o país ainda convive com um “racismo de todos os dias”. Ele criticou casos de discriminação cotidiana, como o recente episódio envolvendo a escritora Lilia Guerra, injustamente acusada de furto após participar de um festival literário.

A etapa nacional da Conapir ocorre até sexta-feira (19) e reúne cerca de 1,7 mil delegados, além de 200 convidados e dezenas de observadores e expositores. O encontro discute igualdade racial sob o tema “Igualdade e Democracia: Reparação e Justiça Racial”. Durante a conferência, delegados participam de grupos de trabalho, plenárias e xirês — rodas de discussão inspiradas na cultura Yorubá.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Francoressaltou a importância da participação social na construção de políticas públicas. “Só se constrói política pública de qualidade com o povo e na coletividade”, disse.

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Lula também lembrou que conferências anteriores não foram realizadas nos últimos sete anos e destacou que “a participação da população negra e de outros grupos historicamente marginalizados” é essencial para orientar as ações do governo. “Seremos tanto mais assertivos quanto mais considerarmos os anseios, as propostas e as prioridades daqueles e daquelas para os quais as políticas se destinam”, afirmou. O evento contou ainda com a presença de outras autoridades do governo federal e lideranças da sociedade civil.

Publicada por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA



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