O Brasil confirmou os primeiros oito casos da nova variante do coronavírus, a XFG, apelidada de “Stratus”. Segundo o Ministério da Saúde, as ocorrências foram documentadas entre maio e junho nos estados de São Paulo (2) e Ceará (6). Até o momento, não há registro de casos no Rio Grande do Norte. Não há notificação de óbitos associados à nova cepa no país.
Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a XFG como uma variante “sob monitoramento”, devido ao seu rápido avanço em alguns países, especialmente no Sudeste Asiático. Apesar disso, a própria entidade avalia o risco global à saúde pública como baixo.
A “Stratus” já foi identificada em 38 países e, segundo a OMS, representava 22,7% das amostras de covid-19 analisadas no mundo na última semana de maio, um salto significativo em comparação às quatro semanas anteriores (7,4%).
O que é a variante Stratus?
A XFG pertence à família Ômicron e é uma cepa recombinante, ou seja, uma combinação de duas outras variantes (LF.7 e LP.8.1.2). Seu perfil de mutações na proteína Spike, usada pelo vírus para invadir as células humanas, a torna mais apta a escapar da resposta do sistema imunológico, segundo análises da OMS.
Qual o nível de risco?
De acordo com o infectologista Renato Grinbaum, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), as mutações exigem atenção, mas não pânico. “Existe a possibilidade, ainda que remota, de termos casos mais graves, mas não como os que tivemos em 2020”, pondera.
Ainda não há evidências de que a XFG cause quadros mais graves que as outras variantes. O médico explica que o alerta é direcionado principalmente aos profissionais de saúde, para que monitorem a disseminação.
“A população em geral não precisa ter medo. Não é para se apavorar ou achar que nós viveremos uma nova pandemia. Isso não é a verdade”, tranquiliza Grinbaum. Vale notar que a classificação “em monitoramento” é a categoria menos urgente da OMS, antes de “variante de interesse” e “variante preocupante”.
Quais são os sintomas?
Os sintomas da “Stratus” são semelhantes aos das outras linhagens de covid-19. Contudo, segundo o Dr. Grinbaum, há relatos de maior frequência de dois sinais específicos:
- Sintomas gastrointestinais (dor abdominal e diarreia).
- Rouquidão.
Vacinas continuam sendo a principal proteção
A OMS e o Ministério da Saúde reforçam que a imunização é a forma mais eficaz de proteção contra o agravamento da doença. As vacinas atualmente aprovadas devem continuar oferecendo boa resposta contra a nova variante.
Desde 2024, a vacina contra a covid-19 faz parte do Calendário Nacional de Vacinação para grupos prioritários, como gestantes, idosos e crianças, e está disponível gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do país.
*Com informações Info Money