Irã quer diálogo sobre programa nuclear com União Europeia, mas condiciona negociações ao fim da ‘agressão’ de Israel

Irã quer diálogo sobre programa nuclear com União Europeia, mas condiciona negociações ao fim da ‘agressão’ de Israel

Artigo Policial

Chanceler iraniano, Abbas Araqchi, reuniu-se na última sexta-feira com ministros das Relações Exteriores da França, Reino Unido e Alemanha, no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra

Foto de Yasin Akgul / AFP Abbas Araghchi, durante a 51ª sessão do Conselho de Ministros das Relações Exteriores da Organização de Cooperação Islâmica

Os ministros das Relações Exteriores de FrançaAssim, Reino Unido e Alemanhaafirmaram nesta sexta-feira (20) que foi aberta uma via diplomática com o Irã em relação ao seu programa nuclear, mas o país a condicionou ao fim dos ataques de Israel contra seu território, ao término de uma reunião realizada em Genebra, na Suíça. O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchienfatizou que expressou a seus interlocutores sua vontade de realizar uma nova reunião em breve.

O Irã “demonstrou sua disposição de continuar as discussões sobre seu programa nuclear e esperamos uma abertura do diálogo, inclusive com os Estados Unidos”, declarou ao final das conversas o chanceler francês, Jean-Noël Barrot. “Consideramos que esta iniciativa diplomática deve abrir caminho para uma negociação”, acrescentou. A alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Kaja Kallas, disse à imprensa que durante a reunião com o ministro iraniano, da qual também participou, ficou acertado “discutir a questão nuclear, bem como assuntos mais amplos”.

O ministro das Relações Exteriores britânico, David Lammy, afirmou que disseram claramente ao Irã que o país “não pode ter uma arma nuclear”, e pediram que ele “continue as conversas com os EUA” em relação às suas atividades nucleares. “É muito importante que não vejamos uma escalada regional deste conflito”, advertiu. Em declarações a um grupo de jornalistas, o ministro iraniano confirmou que o governo de seu país também quer privilegiar a via diplomática, o que ele condicionou ao fim da “agressão” por parte de Israel. “Estamos prontos para considerar a diplomacia, uma vez que a agressão cesse e o agressor seja julgado”, afirmou.

Compromisso europeu com Israel

Uma declaração escrita emitida posteriormente nas capitais europeias envolvidas mostra que os ministros europeus expressaram ao Irã seu “firme compromisso com a segurança de Israel”. O texto mostra que os ministros também disseram ao Irã que ambas as partes devem evitar “tomar medidas que possam levar a uma escalada regional” e pediram ao país que “encontre uma solução negociada que garanta que o Irã nunca obtenha ou adquira armas nucleares”.

Os europeus acrescentaram que “não é crível” que o programa nuclear iraniano tenha fins civis e parabenizaram os EUA por “seus esforços em buscar uma solução negociada”.Fon tes diplomáticas comentaram que o ministro britânico, que chegou a Genebra diretamente após uma visita a Washington, trouxe uma mensagem do governo dos EUA para o Irã, propondo que renuncie completamente ao seu programa de enriquecimento de urânio para voltar à mesa de negociações.

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De acordo com o estabelecido no acordo nuclear assinado em 2015 com os três países presentes hoje, mais EUA, Rússia e China, o Irã poderia enriquecer urânio em uma porcentagem muito baixa, mas o ministro francês lembrou que o nível atual de 60% está “dez vezes acima” do que foi autorizado.

*Com informações da EFE

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, durante a 51ª sessão do Conselho de Ministros das Relações Exteriores da Organização de Cooperação Islâmica



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