04 de junho de 2025 – Uma pesquisa realizada pelo Instituto Cidades Sustentáveis com 3.500 internautas brasileiros de dez capitais revelou como a população urbana percebe os efeitos das mudanças climáticas. Os resultados mostram que calor excessivoAssim, poluição do ar e enchentes são os impactos mais sentidos, com variações importantes de acordo com a região.
Entre os entrevistados, 52% apontaram a poluição do ar como o principal problema ambiental nas suas cidades. O destaque ficou com São Pauloonde 71% dos moradores elegeram esse como o maior desafio. Em Manaus54% citaram a poluição do ar, seguidos por queimadas (34%) e desmatamento (26%). No Rio de Janeiroo cenário se divide: 41% mencionaram a poluição do ar, enquanto 30% citaram o abastecimento de água.
Já Porto Alegre (60%) e Belo Horizonte (45%) destacaram as enchentes como problema mais grave, refletindo eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes no Sul e Sudeste.
Outros exemplos regionais incluem Salvadoronde a poluição sonora foi citada por 44% dos entrevistados, e Belémque tem como principais preocupações a coleta de esgoto (40%) e lixo (28%). Recife destaca a poluição das águas (43%), enquanto Goiânia aponta para a falta de coleta seletiva (39%) e queimadas (28%).
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Calor excessivo é o impacto climático mais sentido pela população
De forma geral, 49% dos entrevistados elegeram o calor excessivo como o principal impacto das mudanças climáticas em suas vidas. A exceção foi Porto Alegreonde as enchentes apareceram com mais força, sendo citadas por 36% dos participantes. Outros impactos mencionados foram a poluição do ar (17%)o aumento no preço dos alimentos (11%) e enchentes (10%).
População cobra ação dos governos locais contra a crise climática
A maioria dos participantes acredita que os governos municipais podem agir no combate às mudanças climáticas. Entre as ações esperadasdestacam-se:
- Controle do desmatamento e da ocupação de áreas de mananciais
- Redução do uso de combustíveis fósseis no transporte público
- Ampliação de áreas verdes e de preservação ambiental
- Destinação adequada de resíduos, como reciclagem e compostagem
- Incentivo à construção sustentável
Apesar da confiança nas ações locais, 13% dos moradores de Porto Alegre se mostraram céticosafirmando que o governo municipal não pode fazer nada.
A pesquisa reconhece algumas limitaçõescomo a maior participação de pessoas das Classes C (55%) e A/B (30%)e menor presença das classes mais pobres (15%). A faixa etária mais ouvida foi de 16 a 44 anosque representou 62% dos respondentes.
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