Veja como alguns hábitos podem ajudar a reduzir a frequência das dores de cabeça
A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça intensa e recorrente que pode durar horas ou até dias. Ela costuma vir acompanhada de outros sintomas, como náuseas, vômitos, sensibilidade à luz (fotofobia), ao som (fonofobia) e, em alguns casos, alterações visuais conhecidas como aura — que podem incluir pontos brilhantes, visão embaçada ou linhas em zigue-zague.
A dor geralmente é pulsátil, concentrada em um lado da cabeça e pode piorar com esforços físicos. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se da terceira doença mais prevalente no mundo.
Segundo o Dr. Felipe Brambilla, médico da dor com atuação especialmente nas dores de cabeça e enxaqueca, fatores pouco valorizados podem estar diretamente relacionados ao aumento das crises. “A maioria das pessoas associa a enxaqueca a alterações hormonais ou genéticas, mas existem diversos gatilhos silenciosos no dia a dia que contribuem para a dor crônica, e muitas vezes eles passam despercebidos”, explica.
A seguir, o médico lista 5 gatilhos comuns para a crise de enxaqueca. Confira!
1. Postura inadequada
Ficar longos períodos com o pescoço inclinado, ombros curvados ou sentado de maneira errada pode causar tensão na região cervical e desencadear crises. “A dor de cabeça não vem só do cérebro. Muitas vezes, ela é reflexo de disfunções musculoesqueléticas que precisam ser corrigidas”, alerta o Dr. Felipe Brambilla.
2. Desidratação
Beber pouca água ao longo do dia interfere diretamente na circulação sanguínea e na oxigenação do cérebro, o que pode favorecer o aparecimento de enxaquecas. “Mesmo uma leve desidratação já é suficiente para causar desequilíbrio e dor. Por isso, manter uma boa hidratação é essencial para a prevenção”, afirma o especialista.

3. Estímulos sensoriais excessivos
Luzes muito fortes, cheiros intensos, ruídos constantes e até o excesso de tempo em frente às telas podem atuar como gatilhos. “Nosso sistema nervoso reage a esses estímulos com maior intensidade em quem tem predisposição à enxaqueca. Reduzir a exposição é uma estratégia eficaz”, orienta o médico.
4. Privar-se de momentos de lazer e prazer
Estresse constante, sobrecarga emocional e falta de tempo para atividades prazerosas afetam diretamente o sistema nervoso. “A enxaqueca não é apenas uma dor. É uma manifestação do corpo sobrecarregado. Incorporar momentos de prazer no dia a dia é parte do tratamento”, diz o Dr. Felipe Brambilla.
5. Sono de baixa qualidade
Dormir mal, seja pela quantidade ou qualidade do sonoé um dos principais fatores de piora das crises. “O cérebro precisa de descanso adequado para manter o equilíbrio químico e funcional. Quem dorme mal tende a ter mais enxaquecas, com mais intensidade”, conclui o especialista.
Por Gabriela Andrade