Em 2024, a Agência modernizou processos, formou jovens talentos, apoiou a pesquisa aplicada e reforçou a presença do Brasil nos debates globais sobre inteligência artificial, conectividade e sustentabilidade
A transformação digital já não é mais um futuro possível — é o presente necessário. Em 2024, a Anatel consolidou uma agenda de inovação com impacto direto na sociedade, nas políticas públicas e no posicionamento do Brasil no cenário internacional. Foram ações voltadas à modernização regulatória, ao fortalecimento da infraestrutura digital, à formação de lideranças e ao uso responsável das novas tecnologias.
Cooperação internacional: conectividade significativa e IA com ética
Dois acordos de destaque firmados pela Anatel posicionaram o Brasil como ator relevante nas discussões globais sobre tecnologia e regulação:
§ Com a UNESCO e o Ministério das Relações Exteriores, a Agência estabeleceu uma parceria para promover a conectividade significativa e o uso ético da inteligência artificial, com foco na capacitação de jovens e idosos para o uso seguro da Internet.
§ Com o regulador de telecomunicações do Suriname, firmou-se um Memorando de Entendimento voltado à cooperação técnica, troca de experiências e fortalecimento da presença do Brasil em fóruns como a União Internacional de Telecomunicações (UIT) e a Comissão Interamericana de Telecomunicações (CITEL).
Modernização na prática: drones, IA e regulação baseada em evidências
A Agência modernizou o processo de certificação de drones, criando listas públicas de modelos conformes e não conformes. O resultado foi a homologação de 5.063 drones por declaração de conformidade em 2024, com mais agilidade, menos burocracia e segurança garantida para as redes de telecomunicações.
O uso de inteligência artificial também foi incorporado à atuação regulatória. Grupos de pesquisa em IA e ciências comportamentais apoiaram o Conselho Diretor e áreas técnicas na formulação de políticas mais eficazes. Três novas parcerias acadêmico-científicas foram firmadas com universidades federais para aplicar IA no planejamento do espectro, em processos sancionadores e em programas de sustentabilidade no setor.
Formação de talentos e diversidade no ecossistema digital
O Programa Anatel de Intercâmbio Acadêmico (P@ED), lançado em parceria com o Centro de Altos Estudos da Agência (Ceadi), promoveu a imersão de 20 estudantes de diferentes regiões e perfis sociais na sede da Anatel, com foco em regulação,
inovação e políticas públicas. A seleção priorizou a inclusão de grupos sub-representados, fortalecendo o compromisso com diversidade e equidade.
A agenda de gênero também avançou com a revisão do regimento interno do Ceadi, que passou a exigir representatividade de mulheres em seus conselhos, e com a criação do Repositório de Referências Femininas, que valoriza pesquisadoras e profissionais do setor.
Pesquisas estratégicas e dados para políticas públicas
A Anatel publicou estudos técnicos de grande relevância em 2024. Entre os destaques:
§ Whitepaper sobre IPv6, elaborado com o Inatel e a Huawei, com diretrizes para ampliar a adoção do protocolo no Brasil.
§ Boletim do Índice de Desenvolvimento de TIC (IDI), com diagnóstico nacional sobre conectividade, acessibilidade, preço e infraestrutura. O Brasil aparece com nota 81,9, acima da média mundial, ocupando o segundo lugar entre países de renda média alta nas Américas, atrás apenas da Costa Rica.
§ Estudos sobre Web 3.0, precificação de espectro, desinformação no ecossistema digital, aplicações de IA em fiscalização e monitoramento de marketplaces e redes sociais com foco na proteção do consumidor e na qualidade dos serviços.
Ao fomentar a inovação com responsabilidade, inclusão e cooperação, a Anatel demonstra que transformar digitalmente o Brasil é também ampliar oportunidades, fortalecer direitos e garantir que ninguém fique para trás na sociedade conectada.
Acesse o Relatório Anual de Gestão 2024 da Anatel no portal da Agência.