Nesta segunda-feira (19), um voo charter decolou do Texas com destino a Honduras e Colômbia, transportando 64 imigrantes que aceitaram a proposta do governo dos Estados Unidos para deixar o país de forma voluntária. A iniciativa faz parte de um projeto lançado no início de maio, que busca acelerar o processo de retorno de estrangeiros em situação irregular, reduzindo custos e evitando deportações forçadas.
Desde o início de seu segundo mandato, a atual administração tem reforçado medidas rigorosas para conter a migração irregular. O projeto em questão oferece aos imigrantes uma escolha: sair dos EUA com apoio financeiro e logístico ou permanecer e enfrentar possíveis consequências legais, como deportação, processos judiciais, detenção e até mesmo perda de bens.
De acordo com as regras do programa, cada participante recebe US$ l.000 (cerca de R$ 5.600) para custear a viagem e mantém o direito de tentar um retorno legal ao país no futuro. Os 38 hondurenhos que desembarcaram em seu país terão acesso a um programa de reintegração, incluindo auxílio financeiro adicional, vouchers de alimentação e suporte para recolocação profissional. Já os 26 colombianos receberão assistência social em seu país de origem.
A medida representa uma alternativa às deportações tradicionais, que demandam maior investimento e recursos. Autoridades defendem que a estratégia beneficia tanto os imigrantes, que evitam processos traumáticos, quanto o governo, que reduz custos operacionais. A expectativa é que novos voos sejam realizados nos próximos meses, ampliando o alcance da iniciativa.
